Em fim, ridícula!

 Um dia, escrevi uma carta de amor, e me senti tão ridícula

Não por escrevê-la, mas por dizê-la a plenos pulmões.

Te amo e te amo, era o que estava escrito.

 

Outro dia, eu falei que te queria, e me senti uma ridícula

Não por falar, mas por pensar que seria correspondida,

Te quero e te quero, era o que eu dizia.

 

Por fim, te deixei ir, e me senti três vezes ridícula

E dessa vez, por não te escrever, por não te dizer

Te amo e te quero – palavras não ditas...

Ridícula.


MaryIsLu


inspirado em “Cartas de Amor Ridículas” – Fernando Pessoa

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